10/12 – HISTÓRIA – 8º ANO
Olá pessoal! Na última aula vimos o Brasil durante o 1º Reinado. Hoje estudaremos o Brasil durante o período regencial e o 2º Reinado. Leia o texto, se possível assista o vídeo e responda os exercícios.
Bons estudos! Abraços profª Larissa #fiqueemcasa
Período Regencial
O Período Regencial (1831- 1840) foi a época em que o Brasil foi governado por regências, pois o herdeiro do trono era menor de idade.
Este período é caracterizado por momentos de grande conturbação no Brasil com várias revoltas civis.
Termina com o Golpe da Maioridade que levou ao trono D. Pedro II aos catorze anos de idade.
Características do Período Regencial
Dom Pedro I enfrentava vários problemas internos como falta de apoio das elites econômicas e externos, como a derrota na Guerra da Cisplatina.
Além disso, com a morte de Dom João VI, em Portugal, ele havia sido aclamado D. Pedro IV de Portugal.
Neste momento em que o imperador perde a sua popularidade, decide abdicar ao trono brasileiro. Nessa altura, porém, o seu herdeiro, D. Pedro II, não podia governar, pois tinha 5 anos de idade. A solução, prevista pela Constituição de 1824, era formar uma Regência até que D. Pedro II atingisse a maioridade.
As Regências
O Período Regencial contou com as seguinte regências:
Regência Trina Provisória (Abril a Julho de 1831)
Regência Trina Permanente (1831 a 1834)
Regência Una do Padre Feijó (1835 – 1837)
Regência Una de Araújo Lima (1837 – 1840)
Grupos políticos do Período Regencial
Nessa altura, havia três grupos políticos defendendo cada qual uma posição distinta de governo:
Liberais moderados (também conhecidos como ximangos): defendiam o centralismo político da monarquia constitucional;
Liberais exaltados (apelidados de farroupilhas): defendiam a federalização do governo, com mais poderes para as províncias e o fim do Poder Moderador.
Restauradores (ou caramurus): eram a favor do regresso de D. Pedo I. Após a morte deste, em 1834, vários membros entraram para partido dos liberais moderados.
Guarda Nacional (1831)
Em 1831 foi criada a Guarda Nacional para contrabalançar o poder que o Exército tinha no governo. Este corpo armado seria integrado por cidadãos que tivessem direito a voto ou seja, a elite brasileira. desempenharia um importante papel na política brasileira.
Segundo Reinado
O Segundo Reinado corresponde ao período de 23 de julho de 1840 a 15 de novembro de 1889, quando o Brasil esteve sob reinado de D. Pedro II (1825-1891).
Foi caracterizado como uma época de relativa paz entre as províncias brasileiras, a abolição gradual da escravidão e a Guerra do Paraguai (1864-1870).
Encerra-se com o golpe republicano em 15 de novembro de 1889.
O Segundo Reinado começa, em 1840, com o Golpe da Maioridade.
Durante o período regencial, o Brasil viveu uma série de guerras civis. Com isso, o Partido Liberal propõe a antecipação da maioridade do herdeiro do trono, Dom Pedro. Parte dos políticos entendiam que a falta de um governo central era um perigo para a unidade do país.
A política do Segundo Reinado é marcada pela presença de dois partidos políticos:
o Partido Liberal, cujos membros eram conhecidos como os “luzia”;
o Partido Conservador, cujos membros eram conhecidos como os “saquarema”.
A rigor, ambos os partidos defendiam as ideias de elite, como a manutenção da escravidão. Somente se diferenciavam em relação ao poder central, com os liberais lutando por mais autonomia provincial e os conservadores por mais centralização.
Por causa da abdicação do seu pai, D. Pedro II sentiu a necessidade de mudar forma de governo. Por isso, em 1847, implanta o parlamentarismo no Brasil.
Aqui, o sistema funcionava um pouco diferente daquele praticado na Inglaterra. Ali, o primeiro-ministro era o deputado do partido mais votado.
Já no Brasil, o Presidente de Conselho (primeiro-ministro) era escolhido, pelo Imperador, a partir de uma lista com três nomes. Este sistema ficou conhecido como parlamentarismo às avessas.
O imperador também detinha o Poder Moderador, mas este foi usado poucas vezes pelo soberano.
Economia no Segundo Reinado
Nessa época, as excelentes condições de plantio no Vale do Paraíba (RJ) alavancaram a produção e a exportação do café. Posteriormente, os cafezais se espalhariam por São Paulo.
O Brasil começou a exportar mais do que a importar e a procura pelo café era tão grande que havia necessidade de aumentar a mão de obra.
Contudo, a fim de proteger seus negócios, os fazendeiros de café viam com maus olhos as tentativas de qualquer lei que favorecesse a abolição da escravidão. Por isso, os latifundiários apoiam a vinda de imigrantes, especialmente italianos, para trabalharem nos cafezais.
Em decorrência do crescimento da exportação de café são construídas as primeiras ferrovias e nasceram cidades. Os portos de Santos e Rio de Janeiro prosperam.
Nessa época começam a ser montadas as primeiras fábricas no Brasil, ainda que de forma isolada e em grande parte devido ao trabalho do Barão de Mauá.
Abolicionismo no Segundo Reinado
Essa época é crucial para o processo de abolição das pessoas escravizadas, pois surgem diversas sociedades e jornais contra esta prática. Os escravos se mobilizam através dos quilombos e irmandades religiosas, mas também solicitam sua liberdade na Justiça.
A abolição da escravidão não era desejada pelos fazendeiros. Estes perderiam o investimento da compra das pessoas escravizadas e teriam que começar a pagar salário, diminuindo assim sua margem de lucro.Desta maneira, lutam para que o governo pague indenização por cada escravo liberto.Como indenizar os fazendeiros estava fora de cogitação, o governo promulga leis que visam abolir o trabalho servil de forma gradual
Fim do Segundo Reinado e a Proclamação da República
Ao longo do seu governo, D. Pedro II se contrapôs com a igreja, com os militares e com a elite rural. Tudo isso foi retirando o apoio das figuras importantes do país ao trono.
Alguns episódios direcionaram os acontecimentos para um golpe militar. São exemplos a exigência de que a igreja não acatasse as ordens papais, sem as mesmas terem ter sido aprovadas pelo imperador, no que passou à História como a Questão Religiosa.
No entanto, foi a desvalorização dos militares e o fim da escravatura que mais incomodaram as elites e forçaram sua deposição.
Os militares reclamavam mais reconhecimento, aumento de salário e promoções que não eram realizadas. Tudo isso fez com que alguns oficiais aderissem aos ideais republicanos.
Igualmente, a elite latifundiária não pôde suportar a ideia da abolição da escravidão.
Assim República é instituída, sem participação popular, no dia 15 de novembro de 1889 pelo Marechal Deodoro da Fonseca, o qual foi o primeiro presidente do Brasil.
Assista o vídeo abaixo sobre Zumbi dos palmares um herói da luta pela escravidão do povo negro:
https://www.youtube.com/watch?v=-LRhaqMht3U&ab_channel=BaraoPirapora
Exercícios
Por que após a partida de d. Pedro I o brasil entrou um governo provisório ao invés de ser governado por d. Pedro II
Quais eram os grupos políticos do período regencial?
Por que d. Pedro II assume o poder mesmo sem atingir a maior idade?
Quais eram os dois partidos políticos do 2º reinado?
Qual produto era base da economia brasileira do período?
Como os negros lutaram contra a escravidão no período? Qual foi a reação dos donos de escravos?
Quando e como termina o 2º reinado?
Correção exercícios 16 de novembro:
Em quais datas começa e termina o primeiro Reinado?
R O primeiro reinado começa em 7 de setembro de 1822 e termina em 7 de abril de 1831.
O que você acha da decisão de dom Pedro de alterar a constituição para ter o poder executivo, legislativo e judiciário todo em suas mãos?
R: resposta pessoal de cada aluno.
O que foi a guerra da cisplatina?
R: Foi uma guerra de 1825 onde o Uruguai se torna independente do Brasil
Quais foram os motivos para o povo estar descontente com o imperador?
R: O povo estava contente pois com a guerra muitas pessoas morreram e outras estavam passando necessidade
Observe a bandeira imperial e reflita um pouco sobre a nossa própria bandeira. Será que fez sentido termos uma bandeira com as cores dos colonizadores?
R: resposta pessoal de cada aluno.
Desenhe como você gostaria que fosse nossa bandeira, com cores e símbolos que de fato representem o Brasil
R: resposta pessoal de cada aluno.
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